Despois que comecei a treinar com a Seleção Brasileira de Vôlei Paraolímpico vou periodicamente a Suzano - SP e algumas vezes viajei com a Trip Linhas Aéreas e nesse tempo já passei por vários constrangimentos por falta de acessibilidade da companhia.
A primeira vez que viajei com a Trip, em fevereiro de 2010, saindo do aeroporto de Guarulhos, fui carregada, por um funcionário, escada a cima, uma vez que a companhia não dispunha da cadeira utilizada para esse fim e o modelo de aeronave deles não comporta um ambulift. Claro que só fui para a aeronave no colo do funcionário a muito contra gosto e porque me disseram que a cadeira estava quebrada, além disso o que eu mais queria era chegar em casa depois de um fim de semana de treino.
Quando voltei em julho de 2010, fiz o check in muito antes do horário de vôo e já avisei que dessa vez me recusaria a ser carregada por um completo desconhecido e que era pra eles providenciarem a cadeira para subir as escadas e me colocar dentro da aeronave. Mas não adiantou muito, quando fui passar pelo portão de embarque perguntei se a cadeira estava disponivel e fui infomada que não, mais uma vez ressaltei que não embarcaria sem o equipamento adequado, foi então que emprestaram a cadeira de uma outra companhia.
Porém a cadeira não estava funcionando e um funcionário propos que eu fosse, mais uma vez carregada, o mesmo ainda argumentou que era gay e que não teria problema nenhum, achei um absurdo e me recusei, até que eles concertaram a cadeira e embarquei.
Agora em agosto fui de Maringá para Guarulhos com a Trip, sai daqui achando que teria problemas quando chegasse, mas me enganei eles providenciaram a cadeira e desembarquei sem problemas. Mas como nada é perfeito, no domingo, quando fui fazer o check in para voltar, primeiro o balcão não é adaptado para cadeirante, além disso a atendente não sabia como despachar a cadeira, depois quando ela foi explicar onde deveria embarcar e a que horas, ao invés de se dirigir a mim, se dirigiu a uma das minha colegas que não ia no mesmo vôo e que ja tinha deixado isso claro, como se a minha deficiência fosse mental e não fisica, achei uma falta de respeito.
Gostaria de saber como uma companhia que opera nos maiores aeroportos do país não tem a estrutura necessária e funcionárioa capacitados para atender a cadeirantes adequadamente?