Acessibilidade, um direito de todos (by Edina Maria Franciosi)

Muitos espaços de nossas cidades, como ruas, passeios, edifícios públicos, comerciais e residenciais são locais freqüentados por uma grande diversidade de usuários. Em razão disso, eles devem atender ampla gama da população, considerando as variações de tamanho, sexo, peso e diferentes habilidades ou limitações que as pessoas possam ter.

Muitos ficam excluídos de uma participação mais ativa na sociedade em razão das chamadas barreiras arquitetônicas. A preocupação em oferecer espaços adequados a todos, sem distinções, facilita não apenas o acesso físico aos espaços públicos e privados, mas o acesso ao emprego, informação e relações sociais que hoje se encontram disponíveis aos demais cidadãos não portadores de necessidades especiais. Alguns exemplos de recursos que podem ser utilizados para tornar os ambientes mais acessíveis são indicados a seguir: no caso de pessoas com dificuldades visuais é indicado que seja dosado o nível de claridade, visando boa iluminação, porém com redução do ofuscamento; para um trajeto mais seguro é necessário garantir a conservação dos pisos e evidenciar mudanças de nível. Para pessoas com dificuldades auditivas é fundamental indicar rotas de fuga e fazer bom uso da programação visual, com símbolos, cores e sinais luminosos. E para aquelas com dificuldades locomotoras, garantir o acesso em nível em praticamente todos os ambientes dos edifícios e vias públicas, dispondo de rampas, elevadores ou equipamentos como plataformas elevatórias, passagens com dimensões que permitam o trânsito de cadeiras de rodas além de vaga específica para estacionamento.

Desta forma, pode-se permitir que todos usufruam desses espaços e desempenhem suas tarefas cotidianas com segurança, confiança, comodidade e independência, lembrando que limitações, capacidades e necessidades são características naturais do ser humano. Assim, devemos entender que não podemos dizer que as pessoas são portadoras de deficiência, mas é o nosso ambiente construído que está deficiente por não ser adaptado ao uso dessas pessoas.

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