Acessibilidade na Cidade de Rosana e Porto Primavera - SP (NOTA ZERO)



No ultimo fim de semana fui visitar minha família no Distrito de Porto Primavera, na cidade de Rosana, Estado de São Paulo, sempre vamos pra lá e confesso que é o meu lugar preferido no interior pela tranquilidade e pela hospitalidade do local, mas me decepcionei com a acessibilidade do local que é muito ruim.

Fui a bares, restaurantes, supermercados, farmácias, pontos turísticos, enfim andei pela cidade toda e percebi que não existem banheiros adaptados. Mais tarde conversando com alguns moradores e descobri que um único restaurante, fora do centro, possui um único banheiro adaptado, mas não posso dizer que é adequado pois não fui até lá.

Na cidade só vi uma vaga reservada para deficientes, em frente ao Banco Santander, o que é padrão em todas as agências, mais tarde descobri que existem mais algumas em alguns órgãos públicos,, mas nenhuma em estabelecimentos comerciais.

Rampas de acesso, nas calçadas são inexistente e a maioria dos estabelecimentos comerciais possuem um degrau na entrada. Nos bares e restaurantes as mesas são colocadas muito próximas o que impossibilita a circulação de cadeirantes.

Além disso, as calçadas da prainha em Rosana, um dos principais pontos turísticos, é totalmente inadequada para a circulação de uma cadeirante e os quiosques são inadequados para nos atender.

Penso que uma cidade que está investindo no turismos deveria se adequar para receber todos os tipo de publico, uma vez que, apesar de cadeirantes, gostamos de nos divertir como todas as outras pessoas. 

Acessibilidade Restaurante Shibuya - Maringá - PR. Nota Zero

No ultimo sábado fui almoça,r com uma amiga, no Restaurante Shibuya na Avenida Getúlio Vargas, 173 aqui em Maringá, onde sempre ia antes do acidente e no qual só voltei agora, contudo não fiquei muito feliz, pois percebi que a acessibilidade no local é zero, a comida continua boa, mas o restaurante não é nada adequado para receber cadeirantes.

Primeiro porque na entrada tem um degrau que dificulta muito a entrada e saida, além disso as mesas estão muito perto uma das outras o que dificulta a locomoção dentro do restaurante. Se servir é uma aventura, uma vez que o buffet não é adequado a altura de um cadeirante e não houve ninguém que se propusesse a ajudar me servir ou a levar meu prato até a mesa.

Se não bastasse não existe um só banheiro adaptado as necessidades de um cadeirante, também não pude deixar de notar que o caixa é tão alto que poderia me esconder, tranquilamente, do funcionário que faz o recebimento.

Sendo assim, nota Zero em acessibilidade para o Restaurante Shibuya em Maringá, e nenhuma cadeirinha da acessibilidade. 

Acessibilidade - Sport Club Academia - Nota Oito




À algum tempo venho procurando uma academia, primeiro porque gosto de cuidar da saúde e depois porque o vôlei exige um condicionamento físico, já passei por algumas academias, na cidade, e não me adaptei a nenhuma delas, pois nenhuma estava preparada pra atender um cadeirante, mesmo que consiga se transferir para os aparelhos, como é o meu caso.

Até que, outro dia, resolvi conhecer a Sport Club Academia, que fica dentro do Shopping Mandacaru Boulevard, que, como já disse anteriormente, não é um exemplo de acessibilidade, mas a academia me surpreendeu muito, o espaço entre os aparelhos permite que andemos com a cadeira sem problemas.

Além disso não existe nenhum tipo de degrau por todo o espaço destinado a fitness. O atendimento, desde a recepção até os instrutores é, na minha opinião, excelente, são todos muito solícitos.

O  problema é que eles não possuem vestiários ou banheiros adaptados e a acessibilidade do Shopping Mandacaru, onde eles estão localizados. Sendo assim, nota OITO e QUATRO cadeirinhas da acessibilidade para a SPORT CLUB ACADEMIA 

Acessibilidade Shopping Mandacaru Boulevard - Nota Quatro




O Shopping Mandacaru Boulevard fica próximo a minha casa e, como tem um supermecado e uma academia, costumo frequenta-lo constantemente e, como sempre, observei a acessibilidade do local.

O acesso ao shopping é relativamente fácil, existem rampas de acesso em todas as entradas, além disso, não existem degraus nas entradas da loja, o que é excelente. Porém só existem duas vagas reservadas para deficientes, mas como não existem fiscais as mesmas estão sempre ocupadas por pessoas que não precisam delas, uma total falta de respeito dessas pessoas, sem duvidas, contudo esse problema poderia ser evitado com a presença de um fiscal.

Outro problema é o acesso ao segundo piso do shopping, onde estão localizados a academia e a praça de alimentação, uma vez que só existe um elevador social, que está quebrado a mais de um mês, por isso o cadeirante tem que sair do shopping até a área de serviço e usar o elevador localizado lá.

Além disso, o shopping só conta com dois banheiros adaptados, um feminino e outro masculino, localizado no primeiro piso (térreo) ou seja se um cadeirante está na praça de alimentação, tem que sair a área de serviço para usar o elevador e descer ao primeiro piso para fazer uso do banheiro adaptado.

Na praça de alimentação não existe nenhum balcão adaptado a cadeirantes, todos são muito alto, o que dificulta o atendimento e impossibilita que um cadeirante se sirva sozinho.

Por tudo isso o Shopping Mandacaru Boulevard recebe nota quatro e duas cadeirinhas da acessibilidade.

Acessibilidade Trip Linhas Aéreas.


Despois que comecei a treinar com a Seleção Brasileira de Vôlei Paraolímpico vou periodicamente a Suzano - SP e algumas vezes viajei com a Trip Linhas Aéreas e nesse tempo já passei por vários constrangimentos por falta de acessibilidade da companhia.

A primeira vez que viajei com a Trip, em fevereiro de 2010, saindo do aeroporto de Guarulhos, fui carregada, por um funcionário, escada a cima, uma vez que a companhia não dispunha da cadeira utilizada para esse fim e o modelo de aeronave deles não comporta um ambulift.  Claro que só fui para a aeronave no colo do funcionário a muito contra gosto e porque me disseram que a cadeira estava quebrada, além disso o que eu mais queria era chegar em casa depois de um fim de semana de treino.

Quando voltei em julho de 2010, fiz o check in muito antes do horário de vôo e já avisei que dessa vez me recusaria a ser carregada por um completo desconhecido e que era pra eles providenciarem a cadeira para subir as escadas e me colocar dentro da aeronave. Mas não adiantou muito, quando fui passar pelo portão de embarque perguntei se a cadeira estava disponivel e fui infomada que não, mais uma vez ressaltei que não embarcaria sem o equipamento adequado, foi então que emprestaram a cadeira de uma outra companhia.

Porém a cadeira não estava funcionando e um funcionário propos que eu fosse, mais uma vez carregada, o mesmo ainda argumentou que era gay e que não teria problema nenhum, achei um absurdo e me recusei, até que eles concertaram a cadeira e embarquei.

Agora em agosto fui de Maringá para Guarulhos com a Trip, sai daqui achando que teria problemas quando chegasse, mas me enganei eles providenciaram a cadeira e desembarquei sem problemas. Mas como nada é perfeito, no domingo, quando fui fazer o check in para voltar, primeiro o balcão não é adaptado para cadeirante, além disso a atendente não sabia como despachar a cadeira, depois quando ela foi explicar onde deveria embarcar e a que horas, ao invés de se dirigir a mim, se dirigiu a uma das minha colegas que não ia no mesmo vôo e que ja tinha deixado isso claro, como se a minha deficiência fosse mental e não fisica, achei uma falta de respeito.

Gostaria de saber como uma companhia que opera nos maiores aeroportos do país não tem a estrutura necessária e funcionárioa capacitados para atender a cadeirantes adequadamente?

Maringaense integra Seleção Brasileira de Volêi Paraolímpico - Jornal O Diário de 21/08/2011

A assistente financeiro Gislaine Milani, 29, não imaginava que sua vida tomaria um novo rumo até sofrer um acidente de motocicleta em janeiro de 2010.

Na tragédia, ela perdeu a perna direita. Sofreu muito, mas o drama não lhe tirou as forças de buscar uma nova vida e foi no vôlei paraolímpico que a jovem obteve reabilitação física e reintegração social. Hoje, a maringaense é uma das estrelas da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei Paraolímpico.


Gislaine prepara o passaporte para ir à Ucrânia onde a equipe participará, entre os dias 3 e 12 de setembro, da Continental Cup Woman, um preparatório para o Para-Panamericano de vôlei que acontecerá entre os dias 30 e 31 de setembro e 1º de outubro próximos, em Mogi das Cruzes (SP).

Na Ucrânia, diversos países disputarão o título e, em Mogi, quatro. Nesta última competição, a equipe brasileira feminina disputará uma vaga para as Olimpíadas de Londres, em 2012.

Não foi fácil para ela chegar à seleção brasileira de vôlei. Antes, teve que superar todo o trauma e repensar a vida. Foi por meio de colegas da Associação Maringaense dos Amputados que recebeu o convite para integrar a seleção.

Nove meses após o acidente, ela começou a treinar no time de vôlei masculino, pois em Maringá não existe equipe feminina. Em dezembro, fez teste para a Seleção Brasileira Feminina de Vôlei Paraolímpico. Uma vez por mês, Gislaine vai a cidade de Suzano (SP) para treinar com a equipe . "O objetivo maior são as Paraolimpíadas de 2012", anuncia.

Gislaine diz que o esporte paraolímpico no Brasil precisa de apoio. Além disso, as equipes femininas são raras. "As mulheres são mais retraídas, têm vaidade. Em Maringá, há pelo menos dez mulheres amputadas", observa. Na avaliação de Gislaine, as mulheres têm mais dificuldades para aceitar uma nova condição. "O vôlei mostrou que a vida não para, mas toma um novo rumo", ensina a atleta.

A equipe maringaense tem o apoio logístico da prefeitura municipal, mas depende de promoções para pagar outros gastos. "As empresas deveriam investir mais", diz.

Gislaine está em processo de recuperação e faz exercícios para usar uma perna mecânica. Por enquanto, usa uma cadeira de rodas. Antes do acidente, ela atuava como assistente financeiro no Grupo M.A.Falleiros, no ramo de construções. A atleta diz que ainda não voltou ao trabalho. Ela cursa o último semestre de administração na Faculdade Maringá.

Dá pra acredita? Falta de respeito!

Sábado passado, minha amiga e eu fomos ao centro da cidade, aqui em Maringá, e como sabíamos que há uma vaga reservada para deficientes na avenida Brasil esquina com avenida Paraná, fomos direto pra lá, afinal era a mais próxima do local onde precisávamos ir.

Chegamos e a vaga estava ocupada, mas a pessoa já estava de saída, esperamos, estacionamos, então fomos abordadas por um funcionário da Farmácia São Paulo, que fica exatamente nessa esquina, o mesmo perguntou "Vocês vão demorar muito?"como dissemos que sim ele acrescentou "Assim você me quebra, heim!".

Fiquei horrorizada, afinal não estava infringindo lei alguma, estava fazendo uso de um direito meu, ou seja usar a vaga reservada, não sabia que usar o que é meu por direito fosse deixa alguém tão bravo. E não pensem que ele estava preocupado com outros deficientes que por ventura estivessem procurando uma vaga, ele estava preocupado com os clientes dele que não respeitam a vaga reservada e a usam enquanto fazem compras na farmácia.

Uma total falta de respeito com quem de fato precisa da vaga, claro que não me calei e disse a ele "Desculpe, mas essa vaga é para deficientes e não para clientes da sua farmácia".

Espero mesmo que esse tenha sido um caso isolado e que os representantes das Farmácias São Paulo conscientizem seus funcionários a respeitarem os deficientes de forma geral, pois além de pessoas com direitos somos consumidores em potencial. Uma fármacia que tem como slogam "Farmácia São Paulo. A sua farnmácia", não pode ter funcionário que tratem os deficientes assim.

Acessibilidade - Associação Cocamar - Nota Zero


Sábado, dia 16 de julho, estive na Associação da COCAMAR em uma confraternização com minha turma da faculdade e notei que apesar de ser uma empresa que inclui deficientes em seu quadro de funcionário não possui condições suficiente para que os mesmo participem das confraternizações que acontecem na associação da cooperativa. Ou para qualquer outro cadeirante que seja convidado.

Primeiro que o estacionamento não possui vagas reservadas para os deficientes,, além disso até existem rampas de acesso ao salão central e as churrasqueiras, mas são muito ingrimes  o que dificulta o acesso de um cadeirante, o acesso para a churrasqueira numero dois é feito pela grama, o que dificulta muito a locomoção com cadeira de rodas.

Como se não bastasse não há um único banheiro adaptado para deficientes nas churrasqueiras ou no salão central, nas churrasqueiras o acesso aos banheiro se por escadas, já no salão de eventos até se consegue entrar, mas não existe a possibilidade de se entrar nos reservados.

Fica então a sugestão de melhorias para a COCAMAR e nota zero em acessibilidade.

Acessibilidade Amigão Churrascaria - Nota 08




No ultimo dia 25, meus amigos e eu, fomos almoçar na churrascaria Amigão na rodovia entre Sarandi e Marialva e confesso que me surpreendei com a acessibilidade do local. Eles possuem vaga exclusiva para cadeirante, que apesar do movimento era respeitada, além disso a vaga está localizada exatamente no inicio da rampa de acesso ao restaurante, o que facilita muito.

A rampa de acesso é bem projetada, um cadeirante não teria problema em transpo-la sozinho, o que é excelente. O salão possui portas amplas, além disso, as mesas são dispostas de tal forma que facilita o transito entre elas sem ter que esbarrar em ninguém.

Os banheiros são devidamente adaptados e de facil acesso.

O buffet como era de se esperar não é para um cadeirante se servir sozinho, ele é muito alto e não há espaço suficiente para que o prato seja apoiado sobre a borda, o que não ajuda, por isso tive que pedir ajuda a um dos meus amgos. Além disso o caixa também não é adaptado e tive que me esticar toda para que a atendente me visse.

Por tudo isso dou nota oito em acessibilidade para a Churrascaria Amigão e quatro cadeirinhas da acessibilidade pra eles.
 

Mais de 1 bilhão de pessoas são portadoras de deficiência, diz relatório


A Organização Mundial da Saúde e o Banco Mundial pedem que os governos facilitem o acesso destas pessoas a serviços básicos e invistam em programas que desenvolvam seus potenciais.

Genebra – Mais de um bilhão de pessoas – aproximadamente 15% da população mundial – são portadoras de algum tipo de deficiência, e 20% delas enfrentam grandes dificuldades em seu cotidiano, revelou nesta quinta-feira um relatório conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial (BM).

O documento, o primeiro de caráter global publicado sobre o tema em 40 anos, destaca que poucos países contam com mecanismos adequados para responder às necessidades dos portadores de deficiência.

O número de pessoas com necessidades especiais, além disso, aumenta devido ao envelhecimento da população e da maior ocorrência de problemas de saúde crônicos, como diabetes, doenças cardiovasculares e mentais.

Grande parte dessas pessoas – entre 110 milhões e 190 milhões – enfrenta ainda barreiras que vão desde a discriminação até a ausência de serviços adequados de atendimento sanitário e reabilitação, passando por sistemas de transporte e edifícios inacessíveis.

Dessa forma, essa parcela representativa da população não tem acesso a um sistema de saúde de qualidade, tem menos sucesso nos estudos e possibilidades de emprego, além de sofrer com maiores taxas de pobreza.

“Devemos fazer mais para romper as barreiras que segregam essas pessoas, em muitos casos excluindo-as da sociedade”, disse a diretora geral da OMS, Margaret Chan.

Para isso, a OMS e o BM pedem que os Governos acelerem seus esforços para permitir aos portadores de deficiência acessar serviços básicos, além de investir em programas especializados que permitam a estas pessoas desenvolverem seus potenciais.

O estudo ressalta que nos países mais pobres as crianças com necessidades especiais têm menos possibilidades de se manterem escolarizadas que as demais.

Nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico a taxa de portadores de deficiência inseridos no mercado de trabalho é de 44%, o que representa pouco mais da metade do que a das pessoas sem necessidades especiais (75%).

O estudo mostra ainda alguns exemplos positivos, entre eles Curitiba, com seu sistema público de transporte integrado que facilita o acesso dos portadores de deficiência adotando um design universal e conscientizando motoristas.

Em Moçambique e Tanzânia, oficinas sobre linguagem Braille e de sinais garantem que as mensagens de prevenção contra a aids cheguem aos jovens com necessidades especiais.

Fonte: Estadão (09/05/11)

Devotees - By Elaine blog Sensações de uma cadeirante.


Descobri o termo em uma comunidade do orkut e fiquei curiosa para saber mais a respeito. Passei a ler artigos, blogs e afins, além de discutir o assunto com alguns devotees via MSN. Ainda serei uma pesquisadora profissional heheehe.


Nós da turma matrixiana nem sempre reconhecemos um devotee de cara, até porque não vem escrito na testa de ninguém, mas com uma conversa dá pra constatar e tirar algumas conclusões. O que não pode acontecer é nos privarmos de conhecer pessoas que possam nos satisfazer emocionalmente. 


O importante é diferenciarmos a pessoa que é um devotee por apreciar a diversidade humana, que deseja sair do óbvio, do certinho, do convencional, para o devotee patológico que só tem olhos e tesão para a deficiência com seus aparatos: cadeira de rodas, muletas e aparelhos ortopédicos. 


Por tudo que já li cheguei a conclusão que ser um devotee não é doença, a não ser em casos restritos que ultrapassa o bom senso como já disse. No texto abaixo teremos a definição de devotee e suas ramificações com uma visão simplificada e inteligente.










Devoteísmo é um assunto complexo e controverso, no entanto o debate é necessário. É um tema pouco discutido e pesquisado, talvez por tratar-se de um assunto em que uma discussão poderia cair em uma areia movediça, pois é um tema cheio de incertezas.



Acredito que muitas pessoas nunca ouviram falar desse termo. Devotee ou devoto, segundo dicionário americano, significa aquele ardentemente devotado a algo ou um defensor entusiasta. No dicionário brasileiro significa aquele que denota devoção ou um admirador. Dessa forma, penso que no campo da deficiência significa indivíduo ardentemente devotado ou defensor de pessoas com deficiência. Partindo dessa premissa, enquanto pessoa com deficiência entendo que meus pais, irmãos, familiares e amigos são devotees. Se essas pessoas devotam um amor tão grande por mim e são defensores desse segmento da sociedade, logo são devotees.




Assim como devotees sentem amor paternal, maternal ou fraternal pela pessoa com deficiência, certamente eles também sentirão atração física ou paixão por essas mesmas pessoas. Então entendo que meus ex-namorados sem deficiência são devotees. A partir dessa linha de pensamento concluo que felizmente há milhares de devotees no mundo, que há milhares de pessoas que sentem prazer em se relacionar ou conviver com as diferenças individuais, que há diversas pessoas que apreciam a diversidade humana e as singularidades de cada corpo.




A meu ver devotees sentem atração e desejo como qualquer outra pessoa sente por alguém que esteja fora do padrão de beleza idealizado pela sociedade ou até mesmo por uma questão de dizer não ao conservadorismo. Assim como há homens ou mulheres que sentem atração por pessoas muito altas ou muito baixas, muito gordas ou muito magras ou sentem atração pela pessoa do mesmo sexo, há os devotees que sentem atração por pessoas com deficiência. Acredito que cada pessoa é livre para fazer sua escolha.

Como há devotees interessados na pessoa com deficiência, com a intenção de um relacionamento efêmero ou duradouro, há também devotees interessados somente em satisfazer seus prazeres, seus fetiches, suas obsessões… Esses indivíduos estão interessados mais na deficiência do que na pessoa, certamente são casos patológicos e precisam ser tratados. Nesse caso a própria pessoa com deficiência deve ser cautelosa, a fim de evitar o envolvimento com essa pessoa. Se a pessoa com deficiência gosta de si mesma e se valoriza, certamente ela avaliará cuidadosamente a pessoa com quem pretende se envolver. Isso é muito importante. Quero ressaltar que assim como há devotees obsessivos e compulsivos, há também homens ou mulheres que não são devotees e têm a mesma doença.




Como disse no início do texto, há pouquíssima pesquisa sobre esse tema no Brasil. Entre os que conheço há o estudo da jornalista Lia Crespo. Seria muito interessante se houvesse mais pesquisadores interessados nesse assunto tão pertinente.


Para finalizar, no meu entendimento, não podemos afirmar que todo devotee que sente atração física por uma pessoa com deficiência é um predador, insensível e perverso. Como também acredito que a palavra “devotee” não pode ser rotulada como algo pernicioso. Tudo deve ser devidamente ponderado. Como tudo na vida, precisamos separar o joio do trigo.



Deixo abaixo alguns termos que envolvem o universo da sexualidade de um deficiênte:



Devotees: Pessoas heterossexuais, homossexuais ou bissexuais que sentem atração por deficientes físicos, exercendo ou não essa atração. Em alguns casos os devotees não chegam a manter relações sexuais com os deficientes por alguns motivos, um deles ser um devotee cuidador que visa cuidar, estar por perto sem no entanto vivenciar essa devoção sexualmente. Mas como não é minha intenção nesse texto falar das outras nuances do devoteísmo, deixo para outra hora falar delas e sua hierarquia.

Pretenders: Pessoas heterossexuais, homossexuais ou bissexuais que sentem prazer em ter contato com os aparatos dos deficientes, cadeira de rodas, muletas, próteses, órteses ou até mesmo a imobilidade e impossibilidade do deficiente. Nesses casos, pretender são comumente confundidos com wannabes que ainda não comentei, mas o farei a seguir. Pretenders visam o prazer fingindo ser um deficiente, utilizando desses aparatos ou se imobilizando com faixas algumas vezes e inclusive em lugares públicos. Em alguns casos o deficiente se sente preterido por seus aparatos.E finalmente,

Wannabes: São considerados wannabes pessoas que de fato tentaram uma auto mutilação e estão intrinsecamente ligados à amputação. Existe nesses comportamentos uma inadequação com o corpo subjetivo e o corpo objetivo. A incidência é quase exclusivamente masculina e a aversão quase sempre pelos membros inferiores. O quê leva essas pessoas a desejarem imensamente serem amputados de fato. E em alguns casos a provocarem essas amputações.



Fonte: por Vera Garcia do Blog Deficiente Ciente 
             Blog O Universo dos Desejos Tortos

Acessibilidade Épura Formatura - Nota Zero.



No ultimo sabado, meus colegas de faculade e eu, fomos as dependencias da Épura Formaturas experimentar a beca e fazer as primeiras fotos para a formatura, por se tratar de uma empresa conceituada achei que a acessibilidade fosse muito melhor, afinal não sou a primeira e nem a ultima cadeirante a se formar.

O primeiro obstáculo é passar pelo portão, pois existe um degrau de mais de 10cm, e a calçada além de estreita, está quebrada e por pouco não fico pra fora pois as portas de entrada são estreitas. Além disso não há estacionamento próprio ou marcação de vaga preferencial.

Dentro do prédio existem alguns pequenos degraus que de fato não atrapalham, mas que se não existissem facilitariam muito a locomoção. A Épura não possui nenhum banheiro adaptado para cadeirantes, até conseguimos, com algum esforço, entrar no banherio feminino, mas não existem barras.

Além disso os fotográfos não sabem lidar com cadeirantes, queria dizer a eles que somos iguais a todos os outros e não queremos tirar fotos só de rosto pra esconder a cadeira, mas queremos sair dela pra que sintamos que ela não é parte permannte de nós, mas sim um meio de locomoção.

Por tudo isso, nota zero em acessibiliadde para a Épura Formatura e nada de cadeirinhas da acessibiliade para eles.

Gostaria de terminar dizendo que espero mesmo que a Épura se adeque, porque assim como eu outros cadeirantes estão buscando seu 'lugar ao sol' e por isso estão cada vez mais frequentando a faculdade, cursos profissionalizantes e ora ou outra vão precisar dos serviços de uma empresa como a Épura e a preferencia vai ser para os que estiverem preparados.

ASSAMA Conquista 3º Lugar no Campeonato Brasileiro de Volei Sentado, série B em Máceió


A Assama conquistou no último final de semana em Maceió-Al o 3º Lugar no IV Campeonato Brasileiro de Voleibol Paraolímpico Série B.

Apesar de ter viajado para a competição com intuito de conquistar o título o resultado foi bastante comemorado por todos da equipe, pois se trata de um campeonato bastante disputado com equipes de bom nível. A Assama obteve nos seus 7 jogos 5 vitórias e 2 derrotas, essas derrotas foram justamente para as duas equipes que terminaram nas primeiras posições.

Com este resultado a Assama também não conseguiu o acesso a série A do próximo ano,  somente duas equipes se classificavam.


Confira abaixo os resultados dos jogos da Assama:


Assama 0 x 3 APFA/PE
Assama 0 x 3 IBP Barueri/SP
Assama 3 x 1 SER Jacareí/SP
Assama 3 x 0 AAAnthares/AL
Assama 3 x 1 AVPL/PR
Assama 3 x 0 Adefsmic/AL
Assama 3 x 0 Clube do Vôlei/SE


Após 3 dias de competições com bom jogos a classificação do campeonato ficou assim:


1º Lugar: APFA/PE - 14 pontos (7v)
2º Lugar: IBP/SP - 13 pontos (6v e 1d)
3º Lugar: ASSAMA/PR - 12 pontos (5v e 2d)
4º Lugar: CLUBE DO VÔLEI/SE - 11 pontos (4v e 3d)
5º Lugar: SER/SP - 10 pontos (3v e 4d)
6º Lugar: AVPL/PR - 9 pontos (2v e 5d)
7º Lugar: AAANTHARES/AL - 8 pontos (1v e 6d)
8º Lugar: ADEFSMIC/AL - 7 pontos (7d)


Agora as atenções da equipe da Assama se voltam para o campeonato do Regional sul de voleibol paraolímpico que terá sua 1º etapa a ser realizada no próximo mês na cidade de Curitiba.

CREA/PR fiscaliza acessibilidade no Parque de Exposições



A pedido do Ministério Público, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (CREA-PR) fiscalizou a acessibilidade do Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro, em Maringá. A fiscalização ocorreu em janeiro e resultou em um levantamento fotográfico. “A fiscalização foi realizada com base na norma de acessibilidade, a NBR 9050.

A intenção é identificar os itens não atendidos e que devem ser melhorados

ou implementados para o atendimento às exigências", diz o gerente do CREA-PR, regional Maringá, Edgar Matsuo Tsuzuki.

Rampas muito inclinadas, falta de corrimão, banheiros faltando adaptações, falta de estacionamento para pessoas com deficiência e desnível entre um pavilhão e outro foram algumas das irregularidades encontradas. “Às vezes, um degrau de três centímetros ou a falta de um puxador é uma barreira instransponível para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, como as gestantes e pessoas com muleta”, acrescenta Tsuzuki.

No acesso para a arena de shows, a rampa existe, mas muito inclinada. A demarcação no piso, mostrando o espaço para o cadeirante assistir ao show não existe. “Esses padrões existem para que o cadeirante tenha autonomia, mas neste caso ele vai precisar de um auxílio para subir a rampa e para achar um lugar para assistir aos shows”, relata o arquiteto Manoel de Oliveira Filho, membro da comissão de acessibilidade do CREA/PR.


Os banheiros que possuem um box para deficientes não atendem integralmente as normas de acessibilidade. “Um banheiro adaptado deve ter duas barras de apoio, um lavatório suspenso, uma porta com abertura para fora, e nem todos esses itens foram preenchidos que devem ser de acordo NBR 9050”, comenta Manoel de Oliveira Filho. Entre os pavilhões, desníveis impedem o acesso de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. “Toda a área deverá atender a ANB 9050”, destaca o arquiteto.

Procedimento

Esse relatório realizado pelo CREA-PR já foi encaminhado para o Ministério Público para análise. “Apurada as irregularidades, vamos acionar as partes envolvidas e fazer um termo de ajustamento de conduta”, informa a promotora da Saúde Pública, Idoso e Deficientes, Esttela Santana Ferreira Pinheiro. Este termo prevê as mudanças que deverão ser feitas nos estabelecimentos e os prazos para isso.  Caso o termo não seja cumprido, será aplicado multa.

Programa de acessibilidade


O gerente do CREA-PR, regional Maringá, informa que o conselho possui um programa para conscientizar os profissionais e população em geral para a importância das normas de acessibilidade. “Empresas e instituições precisam ter a consciência de que necessitam de um profissional capacitado para colocar essas normas em prática. Não é qualquer rampa, por exemplo, que vai poder ser instalada nas calçadas e acessos, existe uma medida e tamanhos específicos para que a acessibilidade aconteça”, destaca Tsuzuki.

Acessibilidade Hotel Recanto das Hortências - By Alexandre Guido

Desde quando conheci a Gislaine e passei por uma situação onde íamos em um lugar e ao reservar descobrimos que não havia como ela ir devido a falta de acessibilidade, passei a observar os estabelecimento, hotéis, barzinhos, etc que frequento com minha família.
Neste final de semana da Páscoa a Gislaine me encomendou uma verdadeira vistoria no Hotel Recanto das Hortências em Passa Quatro, interior de Minas Gerais.
O Hotel tem ótima acessibilidade com elevadores, rampas e corrimão por todo o lugar. Corredores amplos e apartamentos com muito espaço.
Por se tratar de um hotel no interior de Minas, perto de várias cidades do circuito das águas, o hotel é frequentado por muito idosos o que aumenta a responsabilidade do estabelecimento em se adequar as necessidades das pessoas.
Gisa, dou 5 cadeirinhas...

Faculdades Maringá realiza modificações e ganha mais uma cadeirinha da acessibilidade




No dia 11 de fevereiro postei uma avaliação da acessibilidade na Faculdades Maringá, que é onde estudo e a nota conferida a eles foi 04 e 02 cadeirinhas da acessibilidade.

Contudo algumas modificações forem feitas:

No bloco 1 cadeirante encontrava uma rampa que era transponivel, mas era melhor tomar cuidado para não tombar, essa rampa foi refeita e agora o acesso é muito mais fácil e principalmente não há risco de a cadeira tombar.

No bloco 2 onde se encontrava uma rampa um pouco mais ingrime alem de uma elevação no piso que era quase impossível de transpor sozinho, não pela altura, mais sim pelo conjunto rampa + elevação, a elevação no piso foi corrigida, ainda existe a rampa ingrime, mas o correção facilita o acesso ao bloco.

Penso que são modificações simples, mas já é um começo, entendo que as outras demandam um pouco mais de tempo e recursos, mas vejo que a faculdade está tentando se adequar as normas e isso é um ponto positivo.

Sendo assim aumento a avaliação da faculdade para 06 e dou 3 cadeirinhas da acessibilidade a eles.

ASSAMA ja esta em Maceio para a Disputa do IV Campeonato Brasileiro


Hoje (20-04-2011) a Equipe da ASSAMA representando Maringa no Campeonato Brasileiro de Voleibol Para-Olímpico desembarcou no aeroporto "Zumbi dos Palmares" em Maceio por volta das 15h30, a Equipe esta muito motivada para a conquista do titulo e em consequencia o acesso para serie A do Campeonato Brasileiro.

O Campeonato tem sua Abertura realizada amanha as 9h, a estreia da gloriosa equipe da ASSAMA ocorrera no mesmo dia as 16h.

De acordo com o técnico da equipe senhor Tony dos Santos " Viemos a 3 anos consecutivos buscando o titulo, mas conseguimos apenas o 3 lugar, nesse ano com o maior empenho dos atletas, passamos a ter uma maior expectativa em conquistar o lugar mais alto no pódio" !!!!!

Agradecimento especial.

Depois do acidente em janeiro de 2010 fiquei muito assustada, principalmente em como as pessoas reagiriam a minha deficiência, uma vez que vivemos em um mundo preconceituoso onde o diferente é marginalizado e agora eu estou diferente e, mesmo que temporariamente, estou presa a uma cadeira de rodas.
Muita gente foi me ver no hospital,, a maioria, sem duvidas, por pura curiosidade, pois nunca mais apareceram, ligaram ou mandaram mensagens pelas redes sociais, mas algumas foram até lá por solidariedade, pra me dizer, sem palavras: “Nada mudou, estamos com você como sempre estivemos.”
A essas pessoas, amigos de verdade, o meu muito obrigado por me aceitarem diferente, por estarem sempre ao meu lado independente de qualquer coisa. Obrigado por me arrancarem de casa toda vez que quis me esconder, obrigado por continuarem a me tratar como igual, deixando a minha deficiência em segundo plano sempre. Sem duvidas isso fez toda diferença para que eu me aceitasse deficiente.
Sei que nem sempre é fácil me incluir devido a falta de acessibilidade, a cadeira nem sempre cabe nos porta malas e algumas vezes temos que enfrentar o preconceito. Entendo que tudo isso fez com que algumas pessoas se afastassem, afinal assusta, não é? Mas vocês não se deixaram intimidar por esses obstáculos e enfrentar tudo ao lado de vocês é muito mais fácil.
Obrigado ainda as pessoas que me receberam de braços aberto, que não se intimidaram por eu não ter uma perna ou por andar de cadeira de rodas e que, apesar de não conhecer a minha historia, me incluíram. Sei que nem sempre é fácil conviver com o diferente.
Aos que se afastaram ou tentaram me manter a margem eu sinto dizer, mas estou cercada de anjos aos quais chamo de amigos que estão fazendo justamente o contrário.
Por isso o meu agradecimento a todos vocês, amigos e aqui inclui todos da minha familia, que sempre estão ao meu lado. Não vou citar nomes para não correr o risco de esquecer ninguém, mas quero deixar o meu MUITO OBRIGADO e dizer que AMO VOCÊS e com certeza fazem muita diferença na minha vida.

Acessibilidade é tendência para novos negócios - (Jornal O Globo)

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15% da população brasileira possui algum tipo de necessidade especial. A inclusão da acessibilidade como tendência de mercado tem como base a carência de produtos e serviços nessa área. A ONG Novo Ser, do Rio de Janeiro, que ganhou notoriedade no País após apresentar seus produtos em uma novela, apresenta uma diversidade de artigos, comprovando que a acessibilidade pode se tornar um negócio viável.

A utilização de cadeiras anfíbias, que permitem aos cadeirantes o acesso à praia, é uma prova de como o mercado pode atender a um público diversificado e promover a geração de negócios e renda. Além de cadeiras anfíbias, produtos como raquetes de frescoball e pranchas adaptadas para cadeirantes despertaram a curiosidade dos visitantes do espaço da ONG, que realiza gratuitamente no Rio de Janeiro o Projeto Praia para Todos.

“A acessibilidade como negócio é uma tendência para o mercado que ainda não foi descoberta, mas que possui vasto horizonte a ser desbravado. Pessoas com deficiência também são cidadãos e necessitam de estrutura adequada”, afirma Ricardo Gonzalez, cadeirante e idealizador do projeto.

Assim como no caso de Ricardo, a defesa da causa própria também fez com que o veterinário João Pacheco investisse em projetos direcionados a atender pessoas com necessidades especiais. Após ficar tetraplégico e esbarrar nas dificuldades do dia a dia, Pacheco virou empresário e atualmente comercializa cadeiras de rodas especializadas, peças com tecnologia acessiva, como os talheres adaptados e o inovador capacete para digitação. Os equipamentos garantem o retorno a atividades como acessar a internet. “Sempre procurava produtos que me ajudassem, mas não encontrava. Hoje consigo até acessar a internet e movimentar minha empresa, que funciona com vendas virtuais e atende a todo o Brasil”, pontua.

Gastão Cabral, proprietário de restaurantes no litoral de Natal (RN), também faz a sua parte. O empresário está ampliando a oferta de equipamentos de acessibilidade em seus empreendimentos. “Tenho muitos clientes com algum tipo de necessidade especial, e que, como os outros, consomem, gastam, e necessitam de estrutura diferenciada. Apesar de a lei obrigar a oferecer rampas, vagas de estacionamento e tantos outros itens, muitos empresários não cumprem e é nisso que estou apostando. Não é todo mundo que existem muitas oportunidades de negócio que ainda não são exploradas na área”, promete Gastão.

Acessibilidade Aquaticu´s Bar, Maringá - Pr (Nota 10)



Ontem  fui jantar no Aquaticu´s Bar, aqui em Maringá, e como sempre observei a acessibilidade do local e fiquei muito feliz com a facilidade de locomoção dentro de todo o estabelecimento.

A entrada de cadeirante não é feita pela porta principal, pois a mesma apresenta um pequeno degrau, mas isso não causa muitos transtornos na minha opnião, pelo contrário é mais comodo pois não temos que enfrentar fila e/ou enfrentar os olhares dos que estão na fila quando furamos a mesma.

Dentro do bar em alguns lugares existem pequenos degraus, mas todos transponiveis por cadeirantes, as mesas estão a uma distancia que permite que cadeirantes se movam sem problemas.

O banheiro feminino é totalmente adaptado e por isso de muito fácil utilização.  Os atendimento é excelente, todos são muito prestativo e estão sempre preocupados com o bem estar dos frequentadores.

Não exite vagas reservadas para deficientes, mas o bar oferece serviço de manobrista o que ajuda muito.

Levando em conta a qualidade do atendimento e a acessibilidade do local NOTA 10 para o Aquaticu´s Bar e 5 cadeirinhas da acessibilidade para eles. PARABÉNS

Carlos Eduardo Lopes e quantos mais?

Através do blog e da comunidade no orkut "Acessibilidade. Nós queremos!!" conheci outros cadeirantes que passam por situações semelhantes ou piores do que as que relato, nesses canais, como é o caso do Carlos Eduardo Lopes que me contou parte de sua história, olha o que ele diz:

Meu nome é Carlos Eduardo, tenho 29 anos, nasci em São Paulo, tenho PC (Paralisia Cerebral), comecei a estudar tarde aos 11 anos, na A.A.C.D. lá fiquei até os dezoito anos, quando então me transferi para uma escola mais perto de minha casa, pois a A.A.C.D. era um ponto longe.

Em 1989, conheci Ibiúna, cidade do interior de São Paulo, tenho parentes, por isso costumava passar as férias aqui. Em 2002, me mudei para cá, moro com meus pais e uma irmã.
 
Em 2007, terminei o Ensino Médio. Em 2010, passei no vestibular para Ciência da Computação, mas não consegui cursar a faculdade porque, a prefeitura daqui não que me dar transporte.

 
MINHA VIDA SOLITÁRIA.

Eu tenho alguns problemas de locomoção, pois moro em uma região muito esburacada de Ibiúna, por isso não saio muito de casa só saio quando recebo amigos que tem carro.

A maioria do tempo fico no meu quarto vendo televisão. eu acho minha vida muito chata, pois quando quero sair pra alguns lugar, não dá por causa dos buracos da minha rua e isso me chateia muito.
 
Histórias assim me deixam muito triste. Tá certo que o Carlos nasceu com problemas que o limitam em algumas coisas, mas podemos perceber que o cognitivo dele é totalmente preservado o que talvez falte é estimulo. Percebemos ainda que não é por falta de vontade que ele não estuda e não por falta de capacidade, o que falta é infroestrutura.
 
Quantos outros estão na mesma situação que o Carlos, não saem de casa quase nunca e não realizam seus sonhos por falta de acessibilidade? Quando a sociedade vai se conscientizar e tirar essas pessoas da margem?

Que ajudar? É só perguntar.


Nessas minhas andanças por ai, percebi que algumas pessoas, algumas vezes, tem desejo de se aproximar de um deficiente para oferecer ajuda, pra bater papo e conhecer um pouco da história do outro, mas não se aproximam e perdem a oportunidade.

Por isso estou aqui hoje, pra falar com você que quer ajudar mas não sabe como, vou dar umas dicas que, se não serve para a todos, serve para a maioria. Se você vê um deficiente, seja ele quem for, ou que tipo de deficiência tenha, e quer oferecer a sua ajuda, chegue e pergunte se a sua ajuda é necessária, se realmente for será muito bem vinda, caso não seja a pessoa vai te dizer. Se você não sabe como ajudar, pergunte, o deficiente é a pessoa mais indicada pra te dizer, afinal lidamos com isso todos os dias.

Outra coisa, somos pessoas normais, geralmente não quebramos tão facilmente e se dizemos que você pegue aqui ou ali é porque realmente pode, nossos braços e pernas não vão se soltar sozinhos, não se preocupe. Nunca, em hipótese nenhuma, ajude sem perguntar se é necessário, ou sem perguntar como pode ajudar, algumas pessoas na ancia de ajudar acabam atrapalhando, por não saber como conduzir uma cadeira ou guiar um cego.

Se a ideia é só conhecer a pessoa e saber um pouco mais da sua história, convide a pessoa para um lanche, lógico que uma pessoa ou outra é mais resistente em relação a isso, mas a maioria de nós vai adorar e pode ser o inicio de uma grande amizade.

Uma ultima coisa, se chegarmos no seu estabelecimento comercial e você não tem a mínima ideia de como nos atender, não nos ignore, se entramos ali é porque queremos algo, como todo mundo, não se preocupe que diremos e se for necessário guiaremos o atendimento. Como disse somos igual a todo mundo, compramos, comemos e adoramos nos divertir, a cadeira pode limitar um pouco, mas não nos impede totalmente.

Se ainda houverem duvidas e você quiser bater um papo sobre o assunto estou a disposição.

Sensibilização




Uma pena não ser legendado, mas o video é muito claro.

Deficiências - Mário Quintana



"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só têm olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

"Miseráveis" são todos que não conseguem enxergar a grandeza de Deus.
 
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